Na era digital, não há dúvida de que os dados são um dos ativos mais valiosos que as empresas podem ter. Como consumidores desta nova era, estamos constantemente criando dados que as empresas usam para entender necessidades, gostos, padrões de compra e comportamento financeiro em geral.
Produzimos tantos dados que se tornam uma mina de ouro para empresas que buscam chamar nossa atenção, bem como para cibercriminosos. Falhas de segurança permitem que os dados vazem das várias interações que temos. Se as práticas de segurança são vulneráveis a violações, fica mais fácil para criminosos interceptar informações, abrindo a possibilidade de vários tipos de fraude.
A quantidade de informações que processamos em formatos digitais torna empresas, governos, entidades financeiras e instituições governamentais alvos de hackers para obter acesso a informações confidenciais. Não precisamos ir tão longe: uma das maiores falhas de cibersegurança já registradas no Brasil ocorreu em agosto de 2021, quando 27 milhões de brasileiros expuseram alguns dados confidenciais.
As violações de dados deixam os consumidores vulneráveis a vários tipos de fraude. No setor financeiro, os clientes podem estar expostos a diversas formas de fraude, como: extorsão, roubo, roubo de identidade, obtenção de empréstimos por criminosos em seu nome e transferência de capital para outras contas que acabam não sendo detectadas. muitas oportunidades..
Phishing, smishing e typosquatting, por exemplo, são modelos de fraude que usam e-mails falsos, mensagens de texto e links direcionados para que os clientes cliquem em determinados endereços da Web para compartilhar suas informações e se tornarem vulneráveis a fraudes. Feeds são mensagens chamativas em links encurtados que impedem que os usuários vejam o conteúdo da URL antes de clicar.
Fraudes com cartões de crédito ou mesmo chantagens para evitar que a pessoa roube dados podem ter impacto nas vítimas. A venda não autorizada de dados também aparece na dark web, setor da internet onde não há fiscalização.
Outra prática comum é a engenharia social, que consiste em manipular pessoas, seja por ingenuidade ou eventual descuido, para que ocorram atos ilícitos como vazamento de dados, senhas ou operações fraudulentas. Um exemplo são os extratos bancários falsos, geralmente enviados na forma de contas do dia a dia, como água, luz, plano de saúde, escolas e universidades. No entanto, os fundos vão para as contas dos fraudadores.
Outro exemplo de engenharia social é a fraude de mídia social, que ocorre quando criminosos podem ativar contas de usuários em seus dispositivos para manter contato com uma rede de relacionamentos. Os atacantes assumem a identidade das vítimas e com a ajuda de habilidades manipulativas, conseguem obter quantias financeiras das vítimas.
As práticas fraudulentas e a tecnologia estão em constante evolução, mas algumas ações são sempre bem-vindas e evitam as situações mais arriscadas. Os principais exemplos de ações de segurança são o uso de aplicativos institucionais oficiais e a conexão a redes seguras. Autenticação em duas etapas, senhas fortes, monitoramento constante de transações financeiras e não compartilhamento de senhas também são práticas importantes na era dos dados.
Em caso de infortúnio de envolvimento em fraude financeira, é necessário notificar as instituições para solicitar o cancelamento das transações e o bloqueio dos meios de pagamento). É importante registrar um boletim de ocorrência para denunciar um crime e realizar uma investigação para identificar a rede de infratores. No caso de crimes de engenharia social nas redes sociais, os contatos devem ser notificados e podem ser adotados procedimentos para a recuperação da conta.
Para reduzir as chances de detecção e fraude, é possível verificar os dados do destinatário no caso de transferências e pagamentos de vouchers. Ao entrar em páginas desconhecidas, o cliente deve procurar um símbolo de cadeado na barra de endereço – a imagem representa um lacre de segurança. Os links recebidos por e-mail devem ser verificados antes de clicar para confirmar se a mensagem é confiável. Erros de ortografia em e-mails e sites podem ajudar nessa tarefa.
Contas online que não estão mais em uso devem ser desativadas. Usar software antivírus e manter seu software atualizado também são ferramentas antifraude eficazes.
Um senso de urgência é uma das ferramentas psicológicas implementadas pelos fraudadores. Mensagens chamativas que exigem quantias em dinheiro ou ações que devem ser tomadas imediatamente devem, portanto, ser analisadas com cuidado redobrado.
A era da informação traz inúmeros benefícios para empresas e consumidores. Conhecer os procedimentos e entender as atitudes que podem contribuir para o melhor uso das ferramentas é fundamental para manter a própria segurança e aproveitar o melhor que a tecnologia digital tem a oferecer.