As ameaças cibernéticas de fraude financeira no Brasil aumentaram durante o primeiro semestre de 2022, de acordo com um relatório da Apura Cyber Intelligence.
Apenas com cartões, as tentativas de fraude online aumentaram 637% em comparação com o mesmo período do ano passado.
No entanto, o crime digital mais preocupante é a chamada “tela falsa”, segundo a pesquisa. Nele, os fraudadores preparam páginas enganosas na Internet, idênticas às empresas que procuram as vítimas.
Dessa forma, o consumidor é levado a acreditar que está acessando o site original, quando na verdade está inserindo suas informações pessoais, e até mesmo números de cartão de crédito, em uma página falsa que os criminosos usam para roubar informações.
Nos primeiros seis meses deste ano, as buscas pelo termo ou referência à atividade criminosa aumentaram 67% em relação ao mesmo período de 2021.
Outro termo destacado pela pesquisa foi “trapaceiro”. Na prática, os criminosos tentam contornar a necessidade de enviar selfies para procedimentos como abertura de contas ou solicitação de cartões de crédito ou empréstimos online.
Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, as buscas ou menções a esse tipo de crime digital aumentaram cerca de 659%.
Um especialista em prevenção de fraudes explica que os bancos digitais “cresceram muito” e expandiram suas bases de clientes durante a pandemia. Isso trouxe muitas pessoas que estavam à margem dos serviços digitais e que têm pouca consciência dos golpes da Internet no sistema.
Com esses riscos ainda no horizonte, 83% das organizações brasileiras prevêem um aumento nos gastos com segurança cibernética em 2022, segundo estudo da consultoria PwC.
A pesquisa também mostra que 45% das empresas brasileiras estimam um aumento de 10% ou mais no investimento em segurança digital este ano para garantir a segurança dos dados. No ano passado, apenas 14% expressaram a mesma preocupação.
É preciso ter muito cuidado com promoções irreais de sites duvidosos e e-mails que prometem preços muito abaixo dos praticados no mercado, por exemplo.
Primeiro, verifique se o site tem todos os certificados e o cadeado de segurança exibidos na barra do navegador, bem como o selo do fornecedor na parte inferior da página.
A empresa vendedora deve fornecer dados cadastrais como CNPJ, nome da empresa e endereço da sede, é importante pesquisar também em sites como Posso Confiar, Reclame Aqui e Procon para ver se o negócio é confiável.
Não clique em links que vêm por e-mail ou aplicativos de mensagens até que você verifique a qualidade do negócio.
Alguns criminosos fazem pequenas alterações no endereço (URL) que as vítimas acabam não percebendo. Na dúvida, digite o endereço da empresa no navegador e procure o produto diretamente.
O cartão de crédito, principalmente o virtual, é a forma mais rápida e segura de confirmar uma compra, oferecendo a possibilidade de reembolso em caso de fraude ou não recebimento do produto por falta de estoque.
O PIX rapidamente pegou os consumidores, mas foi usado para muitos golpes. Por isso, é preciso ter muito cuidado, principalmente pela dificuldade de recuperar o dinheiro em caso de fraude. O pagamento por ordem de pagamento representa um risco ainda maior porque existe um vírus que altera o código de barras do documento e redireciona o pagamento para a conta dos criminosos.
Alguns erros de segurança são corrigidos pelos próprios fabricantes com novas versões de sistemas operacionais. Por isso, antes de comprar, mantenha seus sistemas de computador e dispositivos móveis atualizados, além de ferramentas de segurança como antivírus e firewalls para evitar ser infectado por possíveis malwares enquanto navega na web.
Para todas as compras online, você tem o direito de se arrepender e devolver o produto no prazo de sete dias corridos. Não hesite em exercer este direito.